14 de novembro de 2012

A Lei Fundamental do Universo - O Amor (Ami, O Menino das Estrelas)

Um livro que recentemente li, "Ami, O Menino das Estrelas" (o primeiro de 3 livros), com uma divertida e agradável leitura, nos traz questionamentos e informações, digamos, reveladoras. "Disfarçado" de literatura infantil, o próprio autor adverte:
Advertência
(destinada somente para adultos)
Não continue lendo, você não vai gostar, daqui em diante é maravilhoso. Destinado às crianças de qualquer nação desta redonda e bela pátria, esses futuros herdeiros e construtores de uma nova Terra sem divisões entre irmãos.

Considerações do Autor, Enrique Barrios:
É difícil aos dez anos de idade escrever um livro. Nesta idade ninguém entende muito de literatura... nem se interessa demais; mas eu vou ter que fazer isso, porque Ami disse que se eu o quisesse ver novamente deveria relatar em um livro o que eu vivi a seu lado. Ele me advertiu que entre os adultos, muito poucos me entenderiam, porque para eles era mais fácil acreditar no terrível do que no maravilhoso.
Para evitar problemas ele me recomendou que dissesse que tudo era uma fantasia, uma história para crianças.
Eu vou obedecer-lhe ISTO É UMA HISTÓRIA.

Este livro é realmente maravilhoso e recomendo a leitura por todos que ainda não o conhecem. É um livro pequeno, mas que nos faz ver a nós mesmos e ao nosso mundo com outros olhos. Quebra de paradigmas poderão acontecer, então esteja aberto para novas percepções.

Abaixo segue um dos trechos mais destacantes do livro, sobre a
Lei Fundamental do Universo - O Amor

- Você disse que existem pessoas às quais é difícil amar, não é verdade, Pedrinho?
- Sim.
- É ruim não amar?
- Sim -respondi.
- Por quê?
- Porque você disse que o amor é a Lei, e tudo isso.
- Esqueça o que eu disse. Imaginemos que eu o estou enganando, ou que estou enganado. Imagine um universo sem amor.
Comecei a visualizar mundos nos quais ninguém amava ninguém. Todos eram frios e egocêntricos, porque ao não haver amor, não existia um freio ao ego, como dizia Ami. Todos lutavam contra todos e se destruíam... Lembrei-me das energias que Ami tinha mencionado, essas que são capazes de produzir um descalabro cósmico; imaginei um ego ferido e suicida apertando "o botão". Unicamente por vingança... explodiam as galáxias numa reação em cadeia!...
- Se não existisse amor, não haveria universo -concluí.
- Poderíamos dizer, então, que o amor constrói e que a falta de amor destrói?
- Acredito que sim -respondi-, o resultado final é esse.
- Quem criou o universo?
- Deus.
- Se o amor constrói e Deus "construiu" o universo, existir amor em Deus?
- Claro! -conectei-me com a imagem de um ser maravilhoso e resplandescente, que por amor criava galáxias, mundos, estrelas...


- Tente lhe tirar essa barba de novo -Ami ria. Era verdade; novamente o havia imaginado com barba e rosto humano; mas agora já não nas nuvens, senão que no meio do universo.
- Então poderíamos dizer que Deus tem muito amor...
- Claro que sim -disse- por isso Ele não gosta nem do ódio nem da destruição...
- Bem, e para que Deus criou o universo?
Fiquei pensando muito mas não encontrei a resposta, e protestei:
- Você não acha que eu sou muito pequeno para responder essa pergunta?
Ami não me prestou atenção.
- Para que você vai levar essas "nozes" para sua vovó?
- Para que ela experimente... ela vai gostar.
- Você quer que ela goste?
- Claro.
- Por quê?
- Para que ela goste... para que se sinta feliz...
- Por que você quer que ela se sinta feliz?
- Porque eu a amo -eu me senti surpreso ao comprovar que outra das características do amor é desejar a felicidade daqueles que amamos.
- Por isso você quer que ela goste das "nozes", que se sinta contente, que seja feliz?
- Sim, por isso.
- Para que Deus cria pessoas, mundos, paisagens, sabores, cores, aromas?
- Para que a gente seja feliz -exclamei, contente por ter compreendido algo que ignorava.
- Muito bem... então, Deus nos ama?
- Claro, ama-nos muito.
- Então se Ele ama, nós também deveríamos amar... ou não...
- Sim, se Deus ama...
- Perfeito. Existe algo superior ao amor?
- Você disse que era o mais importante...
- E também disse que esquecesse o que tinha dito -sorria-, existem pessoas que acham que o pensamento é superior. O que você vai fazer para entregar essas "nozes" à sua vovó?
- Vou ver como lhe preparo uma surpresa.
- E vai utilizar o seu intelecto para isso, não é verdade?
- Claro, vou pensar em algum plano.
- Então, o seu intelecto serve ao seu amor, ou é ao contrário?
- Não entendo.
- Qual é a origem de você querer que a sua vovó seja feliz, seu amor ou seu pensamento?
- Ah! Meu amor, dali nasce tudo.
- "Dali nasce tudo", você tem muita razão... então, primeiro você ama e depois utiliza o seu pensamento para fazer feliz a sua vovó, não é?
- Sim, você tem razão, coloco o meu intelecto a serviço do meu amor; primeiro está o amor.
- Então, que existe por cima do amor?
- Nada? -perguntei.
- Nada -respondeu. Olhou para mim com um olhar luminoso.
- E se comprovamos que Deus tem muito amor, o que é Ele?
- Não sei.
- Se existe algo maior do que o amor, Deus deve ser isso, não é verdade?
- Acho que sim.
- E o que é maior do que o amor?
- Não sei...
- Que dissemos que havia por cima do amor?
- Dissemos que não havia nada.
- Então, o que é Deus? -perguntou.
- Ah! "Deus é amor", você já disse isso vária vezes, e a Bíblia também o diz... mas eu pensava que Deus era uma pessoa com muito amor...
- Não. Não é uma pessoa com muito amor; Deus é o amor mesmo, e o amor é Deus.
- Acho que não entendo, Ami.
- Eu lhe disse que amor é força, uma vibração, uma energia cujos efeitos podem ser medidos com os instrumentos adequados, como o "sensômetro", por exemplo.
- Sim, lembro-me
- A luz também ‚ uma energia ou vibração.
- Sim?
- Sim, e os raios X, infra-vermelhos e o ultra-violeta, e também o pensamento, tudo é uma vibração da mesma "coisa" em diferentes frequências. Quanto mais alta a frequência, mais refinada é a matéria ou a energia. Uma pedra e um pensamento são a mesma "coisa" vibrando em diferentes frequências.
- Que é isso? -perguntei.
- Amor.
- De verdade?
- De verdade... tudo é amor, tudo é Deus...
- Então Deus criou o universo com puro amor?
- Deus "criou" é uma maneira de dizer, a verdade é que Deus "se transforma" em universo, em pedra, em você e em mim, em estrela e em nuvem...
- Então... eu sou Deus?
Ami sorriu com ternura e disse:
- Uma gota de água do oceano não pode dizer que ela é o oceano, apesar de que tenha a mesma composição. Você está feito da mesma substância de Deus, você é amor. A evolução nos permite ir reconhecendo e recuperando a nossa verdadeira identidade: amor.
- Então eu sou amor...
- Claro, aponte para você mesmo.
- Não o entendo, Ami.
- Quando você diz "eu", onde você aponta? A qual parte de seu corpo? Aponte para você dizendo "eu".
Apontei-me ao centro do peito dizendo "eu".
- Por que você não apontou a ponta do nariz, por exemplo, ou a testa, ou a garganta?
Achei engraçado imaginar-me apontando para outro lugar que não fosse o peito.
- Não sei porque me aponto para aqui -disse, rindo.
- Porque você está aí, o seu eu real. Você é amor, e tem a sua morada em seu coração. Sua cabeça é uma espécie de "periscópio", como em um submarino; serve para que você -apontou-me o peito- possa receber o exterior, um "periscópio" com um "computador" em seu interior: o cérebro; com ele você entende e organiza as suas funções vitais; as extremidades servem para que você se movimente e manipule objetos, mas você está aqui -tocou-me novemente um ponto no centro do peito- você é amor. Então, qualquer ato que você realize contra o amor é um ato contra você mesmo e contra Deus, que é amor. É por isso que a Lei fundamental do universo é amor, que o amor é a máxima possibilidade humana e que o Nome de Deus é Amor. Assim que, a Religião Universal consiste em experimentar e entregar amor. Essa é minha religião, Pedrinho.
- Agora sim vejo tudo mais claro; muito obrigado, Ami.
- O agradecimento é um dos doze "frutos da árvore da Vida".
- Por que "árvore da Vida"?
- Porque do amor nasce a vida... você nunca ouviu falar em "fazer amor"?
- Certo!... Quais são esses doze frutos?
- Verdade, liberdade, justiça, sabedoria, beleza, são alguns deles. Tente ir descobrindo os outros e procure colocá-los em prática.
- Uf!... não é fácil.
- Ninguém está lhe pedindo perfeição, Pedrinho, nem mesmo aos seres solares se pede tanto... Somente Deus é perfeito, puro amor, mas nós somos uma centelha de amor divino e devemos tentar nos aproximar ao que realmente somos. Sermos nós mesmos, isso é o que nos pedem para sermos livres; não existe outra liberdade.

Do livro: "Ami, O Menino das Estrelas" - Autor: Enrique Barrios (capítulo 13)

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