4 de novembro de 2012

Uma visão sobre a música e seu significado...



Música é mediunismo

Principalmente essa que tem por base a melodia, manifestação mais linda do espírito humano. A outra, a rítmica, é ginástica mental, cálculo matemático, quase sempre exteriorização de instintos primitivos...

A melodia, assim, é o resultado que há de melhor em nossa alma. É poesia, essência. Daí a “ligação” espontânea. Nem mesmo o artista dela toma conhecimento, a não ser quando tem noções das coisas do Outro lado. Mas de maneira geral, a sintonia entre os dois planos – o material e o espiritual – é conseguida através dessa vibração nervosa, desse especialíssimo estado de alma que se chama inspiração.


Basta interrogar um compositor para se ter a ideia exata dessa afirmativa. O artista não compõe quando quer, mas quando pode, quando sente dentro de si crepitar a brasa viva da música, o desejo incontido de fazer música, de escrever música. Quando “ouve” a Música. Por ser profundamente subjetiva, a Música surge sem motivos aparentes, brota da alma sem esforço. E no instante de compor, o artista fica “tomado”, sente o transe mediúnico, sai fora da sua realidade para integrar-se nalguma coisa que ele mesmo não sabe explicar. É o instante glorioso da criação!

As vezes, entretanto, o compositor percebe os olhos abertos, conscientemente, as influências astrais, chegando mesmo a identificar as entidades colaboradoras de suas criações. Foi o caso de Schumann, por exemplo!...Um incompreendido genial. Sentia Beethoven ao seu lado nas horas de trabalhar suas composições magistrais. Essa manifestação, por falta de maiores conhecimentos da ciência do Espírito, levou o desventurado criador da extraordinária TRÂUMEREI – uma das páginas musicais mais lindas de todos os tempos – aos territórios da loucura.

De modo que, o que se observa entre os compositores é que eles são médiuns intuitivos. Sintonizam com as vibrações do Alto, responsabilizando os “fenômenos” que sentem como frutos, apenas, da própria sensibilidade.

E que é a sensibilidade se não o próprio mediunismo?...
O.N.
(1978)

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